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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Por que os games são tão caros?(parte 2 )

O eu, Silty, aqui de novo pra continuar a desvendar o mistério do preço dos games. Na ultima post vocês viram que quando o jogo ou console chagam aqui o preço já esta no espaço (Click aqui para ler o post anterior), agora vamos saber um pouco mais “Por que os games são tão caros”.

E o que a pirataria tem a ver com isso?

Veja bem, a lei de oferta e procura é clara: se um produto será comprado por menos pessoas, então o custo dele sobe para pagar a produção. Ou seja, quanto mais pirataria, menos original vendido, e mais caro o produto fica. Como se fosse uma bola de neve deslizando em meio a um lindo barranco de dívidas. Quem acaba pagando o pato é o sujeito que compra jogos originais.

Agora, como fica tudo isto quando o produto é criado por mãos brasileiras?

No Mobile

Quando o game é produzido aqui, a taxa cai de mais de 100% para algo em torno de 30%. Mesmo assim, é necessária uma bela venda para manter a produção, como informa Carlos Estigarribia, Gerente de Desevolvimento da EA Mobile Brasil: “O preço de um game mobile da EA gira em torno de 8 a 10 reais. Deste valor, 30% é descontado pela operadora, por conta dos impostos que ela paga. Os sete reais que restam a gente divide, geralmente, em uma conta de 50% para nós e 50% para a operadora. E dos 3,50 reais que ficam pra gente, nós pagamos mais 20% de imposto do nosso lado, além de royalties, custo de produção e etc. Ou seja, o nosso lucro está bem longe dos dez reais do preço final.”


No MMO

“Eu acho que quem quer realmente apostar no mercado brasileiro deveria produzir o game em território nacional”, diz Julio Vieitez, Diretor Geral da Level-Up!. “Claro, talvez não tenha uma fábrica para produzir coisas específicas, como jogos de PSP, mas o imposto total fica em menos de 30%, bem diferente do valor da importação.”

Além disto, o mercado online tem uma grande vantagem em termos de custo: não tem produto físico. “Isto é”, Julio explica, “não há custo com embalagem, comissão de venda dos distribuidores, e o imposto que pagamos é importo sobre o serviço, já que não há caixinha física do game”. Ele também informa que a decisão de um MMO ser pago ou gratuito cabe à sua desenvolvedora e é uma resolução tomada no começo do projeto. “Empresas mais tradicionais e, geralmente, norte-americanas costumam cobrar uma tarifa mensal pelos seus jogos, mas mesmo isto já é repensado. Há games como Lord of The Rings Online que transformaram uma parcela da sua jogatina em uma receita gratuita”.


Quando o console é produzido aqui

Sérgio Buch é Gerente de Negócios do Zeebo no Brasil, e para ele, a união de conhecimento sobre o setor e produção nacional pode mudar esta cara de “preço alto” que os jogos tem no Brasil. “O Zeebo é produzido na zona franca de Manaus, importamos somente as peças. Além de isenção de alguns impostos – o ICMS ainda fica na conta da empresa –, ele ajuda a combater a pirataria, já que não existe compra de produto físico, tudo é feito via uma rede 3G própria”.
Ademais, os games de Zeebo custam entre 9,90 e 24,90 reais. O console já tem presença no México desde Outubro do ano passado, e a Tec Toy planeja lançá-lo em mais países.

Fim. E é a esta conclusão que nos chegamos, e ai? O que vc acha?
Quer dizer, infelizmente a quantidade de impostos na importação não pode ser resolvido por lojistas ou desenvolvedores. Talvez, a presença de distribuidoras e produtoras no Brasil possa ajudar a pressionar o governo para uma revisão desta taxa tributária. Por outro lado, se você sempre sonhou em fazer um game, a hora é esta: os altos impostos, queria ou não para importação podem ajudar a criar um cenário de produção nacional.

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